À medida em que essas antigas civilização se formavam ao redor de rios e mares, sua religião foi se moldando com base em muitas crenças nessas entidades marinhas que adquiriram forma com o passado do tempo nas mais diversas culturas espalhadas pelo mundo. "Ea" por exemplo, foi um deus Babilônico que surgiu por volta de 7.000 anos, sendo uma das primeiras dessas entidades moldado em uma intrigante combinação de elementos marinhos e terrestres de homem e peixe.
Era considerado portador de grande conhecimento o qual os gregos muito mais tarde acabaram chamando de Oannes mestre das artes e da ciência, conhecimentos estes que ele teria revelado aos homens. À medida que o tempo passava, esses deuses marinhos acabaram tomando também formas femininas, e o primeiro que mais se assemelhou as sereias modernas que conhecemos foi a deusa Atargatis.
O exemplo mais claro de humanos metade peixe na mitologia grega é o filho de Poseidon, um anfíbio chamado tritão, que é mais comumente apresentado como um homem com a parte inferior de seu corpo como a de um peixe, da mesma forma como as sereias, soprando uma concha enquanto cavalga nas ondas do mar. Nos contos antigos as sereias estavam sempre associadas a desgraças e à morte, atraindo marinheiros com seus navios para fora de seu curso em direção as costas rochosas a fim de mata-los afogados.
Embora não tão conhecidos como as sereias, os tritões têm a reputação igualmente maléfica. As lendas dizem que eles por vezes invocavam tempestades para afundar barcos e navios a fim de matar marinheiros desatentos. Um grupo especialmente temido de tritões são os famosos Homens Azuis de Minch, os quais as lendas dizem que habitavam ao largo do arquipélago das Hébridas na costa oeste da Escócia.
Estas criaturas se pareceriam então com homens comuns da cintura para cima, com a exceção de terem a pele azulada e barbas acinzentadas. As lendas escocesas dizem que antes de cercarem um navio, os cardumes de homens Azuis de Minch muitas das vezes desafiavam seu capitão para uma disputa de rimas.
Caso ele não fosse rápido o suficiente para criar rimas para rebater a dos homens azuis, estes afundavam seus barcos os levando para as profundezas e matando-os afogados logo em seguida .
O que mais intriga nos contos sobre sereias é que vemos em quase todas as culturas elementos que apontam que estes misteriosos seres estão inseridos na cultura humana há muito mais tempo do que pressupõe a história convencional.
E tal fato pode ser visto em uma infinidade de registros arqueológicos como petróglifos em cavernas antigas que datam de milhares de anos, bem como lendas repassadas oralmente por culturas ancestrais que habitam hoje em lugares completamente desérticos. Como um povo que não tem familiaridade com rios, lagos ou mares poderia ter um elementos tão sugestivos como petróglifos simbolizando seres meio humanos e meio peixes?
Logicamente que isso nos faz retroceder no tempo e visualizar um mundo onde sua paisagem natural foi completamente alterada, o que automaticamente sugere que muitos desertos que vemos hoje já foram com certeza rios, lagos ou mesmo oceanos. E de fato as grandes mudanças geológicas ocorridas na terra apontam que a fisiologia da terra foi completamente alterada no decorrer de milhares de anos após o dilúvio.
A teoria do macaco aquático
A teoria do macaco aquático é uma hipótese evolutiva que foi apresentada pela primeira vez em 1960 pelo biólogo marinho, o britânico Sir Alister Hardy nascido em 1930, no entanto, permaneceu em decantação por pelo menos 30 anos.
O biólogo alemão Max Westenhofer em um artigo de 1942 levantou a hipótese de que os primeiros estágios da evolução humana teriam ocorrido próximo da água. Assim, ele escreveu:
"Postular um modo de vida aquático em um estágio inicial da evolução humana é uma hipótese sustentável, para a qual mais investigação e evidências podem ser produzidas".
O biólogo alemão Max Westenhofer em um artigo de 1942 levantou a hipótese de que os primeiros estágios da evolução humana teriam ocorrido próximo da água. Assim, ele escreveu:
"Postular um modo de vida aquático em um estágio inicial da evolução humana é uma hipótese sustentável, para a qual mais investigação e evidências podem ser produzidas".
De acordo com esta proposta, "o progenitor do homem" teria sido um primata que, devido ao calor intenso do clima africano e à escassez de alimentos, teria deslocado a sua residência para habitats fluviais e depois marinhos, adaptando-se a viver na água por períodos cada vez mais maiores, sofrendo assim as seguintes mutações ao longo do tempo:
"perda de pelos da pele; os pelos criaram resistência a água; desenvolvimento da capacidade instintiva de natação onde sua prole recém-nascida já nascia sabendo nadar; gordura subcutânea para isolamento de água fria; e o controle muito superior do controle da respiração com alguns espécimes conseguindo prender a respiração por até 20 minutos, tendo um cérebro altamente desenvolvido graças a uma dieta rica em frutos do mar".
Hardy expôs definitivamente suas ideias em um artigo publicado na New Scientist em 17 de março de 1960. Após a publicação do artigo, a teoria despertou interesse por algum tempo, mas foi progressivamente ignorada pela comunidade científica, inclusive foi nesta teoria que a Discovery criou o famoso e polêmico documentário: Sereias. Em 1967, a hipótese foi evocada por Desmond Morris em seu livro "The Naked Monkey", no qual se encontra pela primeira vez o uso do termo "macaco aquático.
Após ter lido o livro de Morris, a célebre escritora Elaine Morgan, tornou-se a principal proponente a promover a teoria tendo ao longo dos 40 anos de sua carreira, dedicado 6 livros para popularizar ainda mais hipótese de Hardy. Em 1987, um simpósio realizado em Valkenburg, Holanda, reuniu um grupo de renomados pesquisadores para discutir se a teoria do macaco aquático poderia ser validada como um possível argumento científico. Dos anais da conferência publicados em 1991, recebeu o título de "Aquatic Ape fact or fiction?"
Após ter lido o livro de Morris, a célebre escritora Elaine Morgan, tornou-se a principal proponente a promover a teoria tendo ao longo dos 40 anos de sua carreira, dedicado 6 livros para popularizar ainda mais hipótese de Hardy. Em 1987, um simpósio realizado em Valkenburg, Holanda, reuniu um grupo de renomados pesquisadores para discutir se a teoria do macaco aquático poderia ser validada como um possível argumento científico. Dos anais da conferência publicados em 1991, recebeu o título de "Aquatic Ape fact or fiction?"
Macaco aquático fato ou ficção?
Ao que parece essa é apenas uma das versões consideradas fracas da teoria, usada por pesquisadores para explicar algumas características humanas ainda envoltas em mistério, como a perda de pelos na pele, a capacidade de apneia, a gordura subcutânea e a capacidade instintiva de nadar em bebês.
A existência dessas criaturas tímidas estaria na origem das lendas sobre sereias espalhadas por todo o mundo, também eternizadas por Homero em sua Odisseia, e ainda mais cedo através da civilização mesopotâmica com o deus peixe Oannes já citado no começo do post.
Alguns céticos atribuem histórias de sereias a contos de marinheiros bêbados que segundos eles, atordoados pelo rum e a solidão confundiram golfinhos com sereias. A grande verdade é que não é tão simples assim, pois os muitos relatos modernos juntamente com registros de embarcações e testemunhas sérias, bem como uma infinidade de vestígios pré-históricos nos dão um quadro muito mais complexo do que a alegação de marinheiros bêbados de 1500. De fato, misteriosas pinturas rupestres encontradas em antigas cavernas pelo mundo nos fazem pensar que a consciência humana relacionada a sereias é muito mais antigo do que podemos presumir. A arte mais antiga retratando sereias se encontra em uma caverna de arenito no Egito. Nas paredes da caverna estão representadas criaturas humanas com caudas, equipadas com lanças e redes. No vídeo abaixo você terá acesso a uma longa pesquisa que lhe creio, o ajudará a formular sua própria ideia do que seriam estas realmente essas criaturas.
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