Múmia egípcia de cabelos loiros (Museu Britânico) Créditos Wikpédia. |
As múmias loiras do Egito certamente despertam interesse e especulação. Essas múmias foram descobertas em diferentes períodos e locais, e várias teorias foram propostas para explicar sua aparência loira. Uma das teorias sugere que essas pessoas poderiam ser de origem europeia ou asiática e teriam migrado para o Egito em algum momento da história.
Alguns pesquisadores argumentam que a presença de cabelos loiros em múmias egípcias pode ser atribuída a uma possível mistura genética entre povos do Egito e de regiões do norte da Europa ou do Oriente Médio, onde cabelos loiros são mais comuns. Outros sugerem que essas múmias poderiam ter usado tinturas ou outros métodos para clarear o cabelo, já que a prática de tingir o cabelo era conhecida no antigo Egito.
Além disso, é importante notar que a cor do cabelo de uma múmia pode mudar ao longo do tempo devido a processos naturais de decomposição e mumificação, o que pode dificultar a determinação precisa da cor original do cabelo.
Em resumo, o mistério das múmias loiras do Egito continua a intrigar arqueólogos e historiadores, e as teorias sobre sua origem e significado variam. Mais pesquisas e descobertas arqueológicas podem ajudar a lançar mais luz sobre esse enigma.
Um Fascinante Mistério Arqueológico
No vasto reino do antigo Egito, onde os faraós reinavam supremos e as pirâmides erguiam-se majestosas, há um mistério que continua a intrigar arqueólogos e entusiastas da história: as múmias loiras do Egito. Essas descobertas peculiares desafiam nossas noções convencionais sobre a história e a composição étnica do Egito antigo, provocando teorias fascinantes e debates acalorados.
O fascínio em torno dessas múmias loiras reside em sua aparente incongruência com as características físicas típicas dos antigos egípcios. No entanto, antes de mergulharmos nas profundezas deste mistério, é crucial entender o contexto histórico e científico que envolve essas descobertas extraordinárias.
As múmias loiras do Egito foram descobertas em diferentes locais e períodos, ampliando ainda mais o mistério que as envolve. Uma das mais famosas é a "Múmia de Hatshepsut", encontrada na tumba KV60 no Vale dos Reis. Hatshepsut, uma das poucas mulheres a governar o Egito como faraó, é representada em muitas inscrições e relevos com uma pele escura e cabelos escuros. No entanto, a múmia encontrada em sua tumba exibiu características surpreendentes: cabelos loiros.
Diversas teorias foram propostas para explicar a presença de cabelos loiros nessas múmias. Uma delas sugere que esses indivíduos poderiam ter sido de origem estrangeira, possivelmente provenientes de regiões do norte da Europa ou do Oriente Médio, onde a cor loira do cabelo é mais comum. Essa teoria levanta questões intrigantes sobre migrações antigas e interações entre diferentes culturas.
Outra possibilidade é que a cor loira do cabelo poderia ter sido adquirida artificialmente, através de tinturas ou outros métodos de clareamento, uma prática conhecida entre os antigos egípcios. No entanto, essa explicação pode não ser suficiente para explicar a presença consistente de cabelos loiros em várias múmias, sugerindo que fatores genéticos podem estar em jogo.
A análise científica dessas múmias tem sido limitada, e os métodos de datação e análise genética ainda não foram aplicados de forma abrangente nessas descobertas. Portanto, muito do que sabemos sobre essas múmias loiras é baseado em observações físicas e análises superficiais.
Além disso, é importante considerar que a cor do cabelo de uma múmia pode ter mudado ao longo do tempo devido a processos naturais de decomposição e mumificação. O uso de produtos químicos na mumificação também pode ter influenciado a preservação da cor original do cabelo.
Testes mostraram que os cablos loiros das múmias eram naturais
As múmias egípcias com cabelos loiros eram loiras naturais, de acordo com uma pesquisa realizada por um especialista de Melbourne que desvendou o mito urbano em torno do fenômeno de alguns dos mais jovens egípcios mumificados.
A especialista em egiptologia forense, Janet Davey, explicou que, embora os fios loiros, sobrancelhas e cílios fossem difíceis de identificar nos restos mumificados de crianças egípcias antigas, muitos egiptologistas sustentavam a crença de que o cabelo teria clareado durante o processo de mumificação.
Para solucionar esse antigo mistério, o Dr. Davey, do Instituto Vitoriano de Medicina Forense, decidiu realizar seus próprios experimentos e contou com a ajuda de seu colega, o químico industrial aposentado Alan Elliott.O Sr. Elliott preparou uma quantidade de natrão sintético, um tipo de sal usado no processo de mumificação para desidratar os restos mortais.
Davey então coletou 16 amostras de cabelo e as cobriu com o pó salgado por 40 dias, o mesmo tempo que os antigos egípcios levavam para desidratar os corpos com natrão.
As amostras de cabelo selecionadas eram escuras, com uma amostra grisalha e uma clara para efeito de comparação. Elas foram retiradas de doadores masculinos e femininos com idades entre quatro e 92 anos.
Davey também incluiu cabelos tingidos com hena, já que esse material era utilizado como tintura pelos antigos embalsamadores egípcios, incluindo aqueles que trabalharam no corpo de Ramsés II após sua morte, aos 90 anos de idade.
Após a remoção das amostras do pó salgado, não houve alterações visíveis. Para confirmar esses resultados, o Dr. Davey solicitou a análise microscópica realizada por Gale Spring, da RMIT, que não encontrou mudanças significativas.
Esses estudos desafiaram a noção predominante entre o público em geral e muitos egiptologistas de que os antigos egípcios geralmente tinham cabelos castanhos muito escuros ou pretos, demonstrando assim que a presença de egípcios com cabelos loiros não era um fenômeno incomum.
Em última análise, o mistério das múmias loiras do Egito continua a desafiar nossas suposições sobre a história e a composição étnica do antigo Egito. Mais pesquisas, análises científicas avançadas e descobertas arqueológicas podem fornecer novas pistas e insights sobre esse enigma fascinante, lançando luz sobre os segredos enterrados nas areias do deserto egípcio.
0 Comentários
Se você gostou deste conteúdo, deixe seu like e compartilhe. Até a próxima!