Política de Privacidade Política de Cookies

A teoria dos Vikings no Brasil

 

Petróglifos em Santa Catarina na Ilha do Campeche - foto cortesia do TripAdvisor

A teoria de que os Vikings estiveram em Santa Catarina tem sido muito bem aceita por alguns, apesar da resistência de muitos. Agora temos mais uma teoria feita por um Historiador, Ele diz que inscrições rupestres em Santa Catarina seriam ideogramas chineses, mas muitos cientistas contestam. Temos duas vertentes de pensamentos a respeito das misteriosas inscrições nas pedras de Santa Catarina. Muitas pessoas não sabem, mas durante o século XIX a crença na suposta presença de navegadores nórdicos em terras brasileiras antes de Cabral era um consenso entre os acadêmicos. Mas um fato pouco conhecido na atualidade é a teoria de que eles estiveram no litoral catarinense, no qual foi recuperado alguns elementos neste breve ensaio. Ao final do século 8, se iniciaram os ataques Vikings contra a Inglaterra. Originários da Escandinávia, esses povos usavam de violência em suas conquistas.

Vikings Guerreiros do Norte Gigantes do Mar



A teoria dos Vikings

Tudo teve início com a narrativas sobre supostas inscrições que teriam sido encontradas na Ilha dos Arvoredos, SC (ao noroeste de Florianópolis), durante o início do Oitocentos. Nesta época circulavam histórias sobre supostos “Letreiros”, como eram conhecidas as manifestações visuais dos antigos indígenas (conhecidas em nossos dias como petróglifos ou gravuras rupestres). Embebidos em ideias eurocêntricas, tanto os moradores locais quanto os intelectuais da região não acreditavam que essas esculturas geométricas teriam sido realizadas pelos antigos habitantes da região, mas seriam vestígios de povos "mais avançados" perdidos na bruma dos tempos – no caso, navegantes europeus antes de Colombo e Cabral. O famoso viajante e artista Jean-Baptiste Debret percorreu esta região e realizou um registro dos petróglifos indígenas da Ilha dos Arvoredos, posteriormente inserido em sua obra "Viagem pitoresca" e histórica ao Brasil  de 1834. Nelas, percebemos claramente que ele concede um referencial civilizatório aos vestígios, tomados como “inscrições”. No início do Oitocentos, diversos estudos deram fama ao referencial da epigrafia arqueológica – os hieróglifos egípcios foram traduzidos em 1822 por Champollion, lançando um modismo intelectual da busca por antigas e misteriosas escritas perdidas pelo mundo todo. E além disso, o caráter “monumental” era algo recorrentemente buscado, tendo o painel da Ilha dos Arvoredos todos estes elementos: era inóspito, localizado no mar, afastado das grandes cidades da época.

Reprodução de "Inscrições do rochedo dos Arvoredos", de Jean-Baptiste Debret, 1834. Créditos

Petróglifo da ilha dos arvoredos

 Em 1839 os historiadores do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) iniciaram seus estudos na famosa Pedra da Gávea, RJ, que também supostamente conteria uma inscrição misteriosa. O bibliotecário e mineralogista do gabinete imperial, Rochus Schuch, enviou uma cópia das inscrições da pedra da Gávea, alegando que as mesas eram “runas”, portanto, teriam sido esculpidas pelos navegantes nórdicos durante a Idade Média. Schuch foi influenciado pelas publicações do escandinavista Carl Rafn, que em seu livro Antiquitates Americanae (1837) afirmava que os vikings estiveram na América do Norte (especialmente na região da Nova Inglaterra), tendo como base uma série de inscrições em rochedos. Os arqueólogos modernos confirmam que também se tratavam de gravuras esculpidas pelos indígenas locais, assim como os da Ilha dos Arvoredos, mas para os referenciais da época eram provas concretas da passagem de navegadores europeus.

Os acadêmicos do IHGB tomaram muito entusiasmo pelos escritos de Carl Rafn, tanto que acabaram traduzindo alguns de seus artigos na Revista do Instituto. Também o paleontólogo e correspondente do IHGB, Peter Lund, de origem dinamarquesa que estava pesquisando em Minas Gerais durante essa época, acreditava que os nórdicos haviam visitado o litoral brasileiro durante o medievo. No final de 1839, o IHGB recebeu uma carta de Florianópolis, aludindo às ditas inscrições da Ilha dos Arvoredos, que poderiam ser de origem escandinava, confirmando as hipóteses dos pesquisadores cariocas. Imediatamente um sócio corresponde do Instituto, Falcão da Frota, foi enviado para pesquisar o dito “letreiro”, o que acabou não acontecendo. As inscrições da Ilha de Santa Catarina, feitas exclusivamente na forma de petróglifos, tem características bastante particulares: são motivos abstratos geométricos, representações antropomórficas e, mais raramente, representações zoomórficas, gravadas na superfície dos paredões de diabásio, nos costões das praias, os desenhos alcançam no máximo três milímetros de profundidade por trinta milímetros de largura. Estes petróglifos estão dispostos em sítios voltados para o Oceano Atlântico, em praias de mar bravo, locais que passam uma sensação de medo e respeito.

O vídeo abaixo que traz intrigantes revelações sobre muitas outras explorações nas Américas.

Exploradores mapas antigos e sociedades secretas




Postar um comentário

0 Comentários