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As incríveis revelações do Livro de Enoque


O Livro de Enoque é uma das obras antigas mais reveladoras sobre a história perdida da humanidade e do mundo. Nele estão contidos segredos revelados a um homem que transcendeu o tempo e o espaço.

Muitos questionam a autenticidade deste livro, considerando-o apenas uma coleção de contos fantasiosos. Tal ceticismo não é incomum, já que até mesmo a Bíblia é encarada dessa maneira por muitos. Entretanto, ao examinarmos a verdadeira história por trás deste antigo texto e a sua inserção sobrenatural no contexto humano, é provável que nossa percepção mude.

No Capítulo 1 de Enoque diz:

"As palavras das bênçãos de Enoque, com as quais ele abençoou os eleitos e os justos, os quais devem existir nos tempos da tribulação, rejeitando toda iniquidade e mundanismo. Enoque, um homem justo, o qual estava com Deus, respondeu e falou com Deus enquanto seus olhos estavam abertos, e enquanto via uma santa visão dos céus. Isto os anjos me mostraram. Deles eu ouvi todas as coisas e entendi o que vi; coisas que não terão lugar nesta geração, mas numa geração que deve acontecer num tempo distante, por causa dos eleitos." (Enoque 1:1-2).

Este texto nos sugere que a visão de Enoque transcendeu milhares de anos à frente de seu tempo, abrangendo não apenas o presente, mas também um horizonte futuro indeterminado. Assim como Daniel na Bíblia, ele direciona suas palavras às gerações por vir.

A descoberta do livro de Enoque, juntamente com numerosos pergaminhos antigos, evidencia claramente sua antiguidade muito além do que se imaginava. Embora os manuscritos encontrados sejam datados do 3º século antes de Cristo, eles não representam os originais, mas sim cópias fiéis de manuscritos que remontam a eras anteriores ao Dilúvio. Nos capítulos 64, 65, 66 e no primeiro versículo do 67 do Livro de Enoque, os estudiosos presumem que a versão ali contida seja atribuída ao bisneto de Enoque, Noé, e não ao próprio Enoque.

Esses achados corroboram a profunda antiguidade desses textos. A Bíblia afirma que Enoque foi filho de Caim e sobrinho de Sete (Gênesis 4:17), o que significa que ele viveu nos primórdios da história do mundo. No capítulo 5 de Gênesis, encontramos toda a genealogia desde Adão até os filhos de Noé, que repovoaram o mundo após o dilúvio.


A descendência de Sete


Descendência de Sete (Gênesis 5:5-32)

Aos 130 anos, Adão gerou um filho à sua semelhança, conforme a sua imagem; e deu-lhe o nome de Sete.
Depois que gerou Sete, Adão viveu 800 anos e gerou outros filhos e filhas.
Viveu ao todo 930 anos e morreu.

Aos 105 anos, Sete gerou Enos.

Depois que gerou Enos, Sete viveu 807 anos e gerou outros filhos e filhas.
Viveu ao todo 912 anos e morreu.

Aos 90 anos, Enos gerou Cainã.

Depois que gerou Cainã, Enos viveu 815 anos e gerou outros filhos e filhas.
Viveu ao todo 905 anos e morreu.

Aos 70 anos, Cainã gerou Maalaleel.

Depois que gerou Maalaleel, Cainã viveu 840 anos e gerou outros filhos e filhas.
Viveu ao todo 910 anos e morreu.

Aos 65 anos, Maalaleel gerou Jarede.

Depois que gerou Jarede, Maalaleel viveu 830 anos e gerou outros filhos e filhas.
Viveu ao todo 895 anos e morreu.

Aos 162 anos, Jarede gerou Enoque.

Depois que gerou Eno­que, Jarede viveu 800 anos e gerou outros filhos e filhas.
Viveu ao todo 962 anos e morreu.

Aos 65 anos, Enoque gerou Matusalém.

Depois que gerou Matusalém, Enoque andou com Deus 300 anos e gerou outros filhos e filhas.
Viveu ao todo 365 anos.

Enoque andou com Deus; e já não foi encontrado, pois Deus o havia arrebatado.
Aos 187 anos, Matusalém gerou Lameque.

Depois que gerou Lameque, Matusalém viveu 782 anos e gerou outros filhos e filhas.
Viveu ao todo 969 anos e morreu.

Aos 182 anos, Lameque gerou um filho.

Deu-lhe o nome de Noé e disse: “Ele nos aliviará do nosso trabalho e do sofrimento de nossas mãos, causados pela terra que o Senhor amaldiçoou”.

Depois que Noé nasceu, Lameque viveu 595 anos e gerou outros filhos e filhas.
Viveu ao todo 777 anos e morreu. Aos 500 anos, Noé tinha gerado Sem, Cam e Jafé.
 


Fragmentos que Revelaram Coisas Espantosas


Embora fragmentados, os textos do Livro de Enoque mantêm sua ideia central intacta e transmitem com precisão todas as informações valiosas que contêm. Podemos compará-los aos escritos da Bíblia, que compartilham histórias semelhantes. A Bíblia abrange uma ampla gama de informações que não perdem seu contexto, apesar de terem sido compostas por pergaminhos totalmente distintos em tempo e espaço. Portanto, esses livros se complementam de maneira maravilhosa.

Enoque viveu em uma era em que os homens alcançavam séculos de vida, em contraste com os breves períodos que vivemos hoje. A genealogia de Sete demonstra claramente a longevidade dos antediluvianos. Durante esse período, a Terra era habitada por seres gigantescos e extraordinários, que coexistiam com a humanidade. Enoque testemunhou os anjos caídos se relacionando com mulheres humanas, algo que exigiu que eles assumissem corpos físicos, o que pode parecer inconcebível para muitos. Surge então a famosa afirmação científica iluminista: "Isso é impossível." São tolos ignorantes dos mistérios ocultos das antigas narrativas da humanidade, perdidos ao longo de milênios, agora relegados a meras lendas para o mundo moderno, ainda engatinhando no conhecimento.



Anjos Sentinelas na terra antes do dilúvio


Os anjos caídos não tinham mais a natureza dos anjos normais como os que estão nos céus. Esses anjos desejaram e cobiçaram fazer o que os mortais fazem em suas vidas terrenas. E eles conseguiram. Todo o desequilíbrio da natureza, toda aberração e mutações vieram da intervenção desses seres, pois eles mudaram o curso natural que Deus fez para todas as coisas e promoveram o caos no universo, como no livro de Enoque nos diz:

"Destrói todas as almas viciadas na luxúria, e a descendência dos Sentinelas, pois eles tiranizam a humanidade." (Enoque 10:14)

"A Miguel, igualmente o Senhor disse: Vai e anuncia seus próprios crimes a Samyaza, e aos outros que estão com ele, os quais têm se associado às mulheres para que se contaminem com toda sua impureza." (Enoque 10:15).

"Então disse-me: Enoque, escriba da retidão, vai e dize aos Sentinelas dos céus, os quais desertaram o alto céu e seu santo e eterno estado, os quais foram contaminados com mulheres." (Enoque 12:5).

"Sois espirituais, santos, e possuidores de uma vida que é eterna; vos contaminastes com mulheres, procriastes em sangue carnal; cobiçastes o sangue de homens; e fizestes como aqueles que são carne e sangue fazem."(Enoque 15:3).


Estes textos mostram claramente que estes anjos estavam viciados em prazeres carnais e luxúria. Eles não tem nada de simbolismo, como alguns afirmam, mas são completamente literais. Compare os dois textos abaixo de Gênesis e o do Livro de Enoque. Veja a incrível coerência e concordância entre ambos.

"Então eles tomaram esposas, cada um escolhendo por si mesmo; as quais eles começaram a abordar, e com as quais eles coabitaram, ensinando-lhes sortilégios, encantamentos, e a divisão de raízes e árvores. E as mulheres conceberam e geraram gigantes" (Enoque 7:10)


Gigantes do tempo de Enoque


"E aconteceu que, como os homens começaram a multiplicar-se sobre a face da terra, e lhes nasceram filhas, Viram os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas; e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram. Então disse o Senhor: Não contenderá o meu Espírito para sempre com o homem; porque ele também é carne; porém os seus dias serão cento e vinte anos. Havia naqueles dias gigantes na terra; e também depois, quando os filhos de Deus entraram às filhas dos homens e delas geraram filhos; estes eram os valentes que houve na antiguidade, os homens de fama."(Gênesis 6-4).

Esses seres são claramente citados tanto na Bíblia quanto no Livro de Enoque. Os textos não se contradizem. Há uma forma de pensamento tendenciosa que impulsiona as pessoas a pensarem que tudo isso não passa de um mito e lendas judaicas.



O Motivo do Livro de Enoque não estar incluído na Bíblia


Curiosamente o livro de Enoque não foi incluindo no cânon da Bíblia judaica, e também na Septuaginta , nem nos livros deutero-canônicos. Embora tenha sido considerado reconhecido na antiga bíblia copta, (Bíblia Etíope), e admitido como sendo sagrado pelos Etíopes. O Livro de Enoque, além de estar incluído na bíblia etíope, é considerado autêntico pelos judeus da Etiópia e era considerado autêntico também pelos judeus tradicionais até o ano 200, portanto fazia parte do cânon bíblico hebraico. Ele foi retirado da relação dos livros considerados sagrados por um rabino. Cerca de dois séculos depois, São Jerônimo, ao criar a primeira bíblia cristã, chamada vulgata, decidiu copiar o velho Testamento dos judeus acreditando que somente ele era autêntico (Pois os judeus assim o consideravam). Por essa razão, o livro de Enoque acabou não fazendo parte da bíblia cristã.

Organização do Livro de Enoque

O livro de Enoque resume-se da seguinte forma:

4Q201 – Enumera os nomes em aramaico dos vinte chefes dos anjos caídos;

4Q204 – Relata o milagroso nascimento de Noé cujo paralelismo é notório com o de Gênesis Apócrifo e os fragmentos do Livro de Noé;
4Q206 – Este é o mais divergente com a versão etíope;
4Q209 – Chamado Livro Astronômico, é consideravelmente mais longo que a versão etíope.

Conteúdo da versão etíope (versão copta)

1–36 O Livro dos Vigilantes (ou Sentinelas, ou ainda, Observadores)
37–71 O Livro de Parábolas (também chamado: O Similitudes de Enoque)
72–82 O Livro Astronômico
83–90 O Livro dos Sonhos
91–108 A Epístola de Enoque.


O Livro de Enoque foi considerado como Escritura na Epístola de Barnabé (16:4) e por muitos dos primeiros pais da Igreja, como Atenágoras, Clemente de Alexandria, Irineu e Tertuliano, que escreveram dizendo que o Livro de Enoque tinha sido rejeitado pelos judeus porque continha profecias referentes a Jesus Cristo.

Existem várias referências possíveis no Novo Testamento ao Primeiro livro de Enoque, entretanto, nenhuma referência é tão evidente como na Epístola de Judas (v.6 e14).

"E aos anjos que não guardaram o seu principado, mas deixaram a sua própria habitação, reservou na escuridão e em prisões eternas até ao juízo daquele grande dia;" (Judas 1:6)

E destes profetizou também Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos; (Judas 1:14)

Fragmentos do Livro dos Gigantes 


O Livro dos Gigantes


O aspecto mais surpreendente de toda essa descoberta foi outro manuscrito encontrado no mesmo local onde o Livro de Enoque foi achado, junto com outros 400 manuscritos totalmente desconhecidos. Um desses manuscritos foi intitulado "Livro dos Gigantes". É importante ressaltar que para muitos leitores da Bíblia, Enoque é uma figura "desconhecida", o que é compreensível, já que, após 350 anos, Deus o levou para Si. Portanto, o que a Bíblia menciona sobre Enoque é bastante vago:



"Todos os dias de Enoque foram trezentos e sessenta e cinco anos. Andou Enoque com Deus e já não era, porque Deus o tomou para si." (Gênesis 5:24).

Enoque, em sua jornada transcendental, recebeu visões do futuro enquanto estava além dos limites de nosso mundo. Suas visões atemporais se alinham de maneira notável com os relatos em Gênesis, Daniel, Apocalipse e, é claro, com os escritos conhecidos como o "Livro dos Gigantes". Este fragmento apresenta um diálogo intenso entre Enoque, os Sentinelas e os próprios gigantes, revelando paralelos marcantes com as descrições bíblicas. É evidente que Enoque, durante esses eventos, transcendia tanto o tempo quanto o espaço físico familiar para nós, com o propósito de registrar essas visões para as gerações futuras.

Ao examinar os fragmentos do Livro dos Gigantes em conjunto com o Livro de Enoque e a Bíblia, somos levados a completar um intrigante quebra-cabeça, percebendo que esses são registros sagrados destinados à humanidade, revelando sua verdadeira história e origem.

Enoque viveu numa era anterior ao Dilúvio, uma época em que o mundo era concebido de maneira muito diferente na imaginação antiga. Nesse período, os seres humanos desfrutavam de longevidade extraordinária; por exemplo, o filho de Enoque, Matusalém, viveu até a notável idade de 969 anos. Além disso, havia uma interação livre entre anjos e humanos - uma liberdade tão ampla que alguns desses anjos se uniram a mulheres humanas, como é relatado de forma neutra em Gênesis (6:1-4).

Outras narrativas veem esse episódio como a origem da corrupção que tornou inevitável o Dilúvio. Conforme descrito no Livro de Enoque, essa mistura entre anjos e humanos foi uma ideia proposta por Semyaza, líder dos anjos caídos, que persuadiu outros 200 a se unirem com mulheres humanas. Os descendentes dessas uniões antinaturais eram os gigantes, seres colossais com altura de até 450 pés. Os anjos caídos e os gigantes começaram a oprimir a humanidade, ensinando-lhes conhecimentos proibidos e ocultos.

Como resultado, Deus decidiu aprisionar os anjos até o Juízo Final e purificar a Terra com o Dilúvio. Os esforços de Enoque para interceder em favor dos anjos caídos foram em vão (1 Enoque 6-16).

O Livro dos Gigantes retoma parte dessa narrativa, detalhando as ações dos gigantes, especialmente os dois filhos de Semyaza, Ohya e Hahya. Dado que não há um manuscrito completo dos gigantes, o conteúdo exato e a ordem dos eventos permanecem sujeitos à interpretação, com base na coesão dos textos disponíveis.

Os fragmentos preservados concentram-se principalmente nos sonhos sombrios dos gigantes e nos esforços de Enoque para interpretá-los e interceder em seu nome perante Deus, esforços estes que não foram bem-sucedidos. Embora restem poucos relatos sobre os gigantes, é provável que essas histórias tenham sido influenciadas, ao menos em parte, pela antiga mitologia do Oriente Próximo. Um dos gigantes mencionados é Gilgamesh, o lendário herói babilônico e protagonista da épica "Epopeia de Gilgamesh", escrita no terceiro milênio a.C.

Resumo

A magnitude desses universos além do físico, que conhecemos, é notavelmente distinta. Tanto que esses indivíduos experimentaram momentos em que quase sucumbiram, caíram com seus rostos, incapazes de suportar o assombro imenso. Nesses momentos, eles transcenderam seu estado físico natural e foram literalmente transportados para outra dimensão, ainda misteriosa para nós. Mesmo estando em um estado espiritual paralelo, esses indivíduos não conseguiram suportar. Geralmente, nesses momentos, um anjo os fortalecia, como foi o caso de Enoque. Ele mesmo descreve em sua visão:

"Um tremor poderoso me abalou. Minhas forças se foram, minhas entranhas se desfizeram, e caí com o rosto no chão. O santo Miguel, outro anjo santo, veio em meu auxílio e me levantou. Quando ele me ergueu, meu espírito retornou, pois eu não pude suportar a visão da violência, a agitação e o choque celestial. Então o santo Miguel me disse: Por que você está perturbado com esta visão?" (Enoque 58:1,2,3).

No mundo moderno em que vivemos hoje, as pessoas estão imersas no cientificismo e na incredulidade, duvidando de tudo. O mundo foi contaminado pelo ceticismo científico, que acredita que tudo pode ser explicado. Na verdade, há coisas que não podem ser expressas na linguagem humana, como Enoque menciona quando diz que não encontrou palavras para descrever sua visão. Isso também aconteceu com outros que tiveram encontros sobrenaturais semelhantes, como São João na Ilha de Patmos.

O que posso concluir sobre tudo isso é que nossa era se tornou um período de conhecimentos triviais e supérfluos. Nos envolvemos em causas vãs que não nos levam a lugar algum. Criamos mentes excessivamente científicas, incapazes de perceber além dos limites dos laboratórios, apoiadas em uma ciência cética, arrogante e preconceituosa. Baseamo-nos em teorias sem sentido e rotulamos como mitologia os conhecimentos antigos.

As fantasias não são apenas contos, mas sim nossa interpretação distorcida da verdadeira realidade da qual nos desconectamos há muito tempo. Assim, nossa filosofia vã continua a questionar incessantemente o que ainda não conseguimos compreender. Em nossa arrogância, continuamos acreditando que tudo se resume ao mundo temporal em que vivemos, mas esse mundo é ilusório, transitório e passageiro. Somos nós e nossas teorias que constituímos a fantasia, e o que chamamos de mitologia são, na verdade, conhecimentos reais que se perderam ao longo da longa história de nossos antepassados.  

 O Livro dos Gigantes - Os Manuscritos das Cavernas de Qmran


 

O Livro dos Gigantes Enoque e o Dilúvio



O livro banido de Enoque


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