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À Sombra do Castelo

 

Olhei para o horizonte na bruma da tarde e vi você, um lindo sonho que se dissolveu como miragem.

Meus olhos entenebrecidos buscam desesperadamente encontrar a silhueta de seu corpo, para matar a fome de meu olhar, mas você se foi.

À sombra do castelo me vejo só, sem você, a donzela de meus sonhos, a prometida desde a infância.

Vejo as pessoas passeando pelo vale, mas é como se não visse ninguém, pois você não está ali.

O vento leva as pétalas das flores no campo, onde te vi pela primeira vez, parece que estou sonhando!

Sinto um perfume suave soprar na colina, que enche as casas dos camponeses.

Para onde me irei sem você, pois o mundo ficou pequeno com a sua ausência e onde quer que me vá, sua lembrança estará a me assombrar?

Ai de mim, que sigo morrendo de amor por ti, uma donzela que sumiu na bruma da tarde, nas colinas de Avalon!

Derramo meu suplício sobre a densa campina, que acompanha minhas lágrimas com seu orvalho caído da noite.

Sucumbido a esta paixão avassaladora, tento conter-me para que não perca meu status de cavaleiro.

Venci muitas batalhas, derrubei muitos valentes, mas fui derrotado por uma linda camponesa.

Esta que me seduziu com sua estonteante beleza e prendeu-me em seu encanto o qual jamais serei libertado.

Muitos valentes tentaram conquistar seu coração e falharam, eis que sou mais um destes, condenado a te amar!

O que me resta se não sonhar e pensar naquele inesquecível instante o qual vi o sol desenhar seu corpo nas campinas, bailando ao vento, impregnando o ar com o suave cheiro das flores?

O que me resta se não dizer que o suplício desta saudade ainda faz brotar em meu peito uma centelha de esperança de que um dia volte a ver a linda donzela no mesmo lugar onde a perdi, á sombra do castelo.



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